quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Notícias depois de um leve desaparecimento.

Bem, andei sim um pouco desaparecido, isso se deve ao fato de eu mal ter saído de casa por causa de uns trabalhos que tive que fazer. Semana passada ( a semana do feriado e do meu aniversário) fiquei costurando uns figurinos e preparando um curso de modelagem e figurino que vou dar em Porangatu(GO) no dia 17 de setembro, ou seja, sexta feira. Por isso, além de não me ausentar da minha humilde residência, não tive tempo de atualizar o blog e também não pude fazer a discução corriqueira de domingo, peço perdão desde já.
Mas agora as coisas estão parcialmente de volta ao normal e o blog está em funcionamento novamente. Alguma considerações se fazem necessárias: estou enjoado da peça. E hoje daria tudo por uma camiseta azul. Já faz mais de um mês que estou usando a Che Mba'e Pire e ainda faltam cinco para que isso acabe e o pânico está começando a se instalar. Essa semana torci o nariz para ela duas vezes e até cogitei a possibilidade de não sair de casa para não usá-la.
E, por incrível que pareça, é a face preta da roupa que me incomoda mais. O lado vermelho estampado não me irrita tanto... a calça também está me incomodando um pouco e as vezes fico super feliz ao chegar em casa e poder tirar essa roupa de mim.
Todos sabíamos que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. Está acontecendo agora. Pode ser que passe em breve. Acredito que agora as formas mais interessantes de uso da peça comecem a aparecer.
Coletes e estampas novas vêm por aí... arranjos de cabeça, sapatos, colares também... tudo assim que eu tiver tempo para viver um pouquinho, por enquanto minha vida acadêmica e profissional não me possibilitam nada além de planejar.


(Segunda-feira)










(Terça-feira)



 








(Quarta-feira)







Sobre estar enjoado da peça, estive pensando que cada roupa exige, de certo modo, uma postura que a acompanhe. E a postura exigida por essa peça talvez esteja me cansando mais do que a peça em si. É interessante pensar nessa coisa de as roupas virem agregadas a uma identidade e, consequentemente a uma postura e/ou modo de agir. Não vestimos duas roupas absolutamente diferentes com duas posturas iguais (pelo menos na maioria dos casos). E essa roupa, por mais que assuma formas diferentes, carrega sempre o mesmo discurso, a mesma temática e consequentemente exige a mesma postura. E aí caímos no discurso de que usamos as roupas como máscaras para nos encenar.
Nesse caso estou ensaiando sempre o mesmo ato, repetindo  as mesmas falas e insistindo no mesmo texto. Gerando um espetáculo sem solução, que se repete, repete, repete, preso a uma realidade ilógica e distanciada do mundo...alguém sentiu uma pitada de teatro do absurdo por aí?
Não sabe o que é teatro do absurdo? Joga no google, wikpédia tá aí pra isso ;D

Um comentário:

  1. Por meus valores sou obrigado a discordar. Particularmente não acredito que se deva assumir determinada postura por causa da roupa. Aliás, este é um ponto que separa o mundinho da moda Lolita entre aquelas que encaram os vestidos como sendo apenas uma roupa e agindo normalmente e as meninas que acreditam que com a roupa vem um "lifestyle" e deve haver um comportamento "adequado" aos trajes. Bom, faço parte da patota que independente da roupa que esta age como agiria normalmente. Realmente nao creio que deve-se assumir uma certa "postura" que acompanhe nossas vestimentas. Nossas roupas traduzem, de certa maneira, o que somos. Se temos em nosso guarda-roupas uma determinada seleção de peças elas devem, teoricamente, refletir nossos gostos pessoais então independente do que esteja ali dentro, somos as mesmas pessoas, sujietas a mudanças de humor e anseios como qualquer ser humano e isso não interfere no que somos realmente. Espero não deixar ninguem confuso com meu jeito confuso de me expressar, haahahah.

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